ObjectiveThe presence of two or more chronic diseases results in worse clinical outcomes than expected by a simple combination of diseases. This synergistic effect is expected to be higher when combined with some conditions, depending on the number and severity of diseases. Multimorbidity is a relatively new term, with the first fundamental definitions appearing in 2015. Studies usually define it as the presence of at least two chronic medical illnesses. However, little is known regarding the relationship between mental disorders and (...) other non-psychiatric chronic diseases. This review aims at investigating the association between some mental disorders and non-psychiatric diseases, and their pattern of association.MethodsWe performed a systematic approach to selecting papers that studied relationships between chronic conditions that included one mental disorder from 2015 to 2021. These were processed using Covidence, including quality assessment.ResultsThis resulted in the inclusion of 26 papers in this study. It was found that there are strong associations between depression, psychosis, and multimorbidity, but recent studies that evaluated patterns of association of diseases had heterogeneous results. Quality assessment of the papers generally revealed low quality among the included studies.ConclusionsThere is evidence of an association between depressive disorders, anxiety disorders, and psychosis with multimorbidity. Studies that tried to examine the patterns of association between diseases did not find stable results.Systematic review registrationhttps://www.crd.york.ac.uk/prospero/display_record.php?ID=CRD42021216101, identifier: CRD42021216101. (shrink)

A proposta de um ensino de filosofia imbricado ao projeto de vida, de algum modo ser equiparado ao trabalho filosófico – como muitas vezes o trabalho em arquitetura – é antes de tudo um trabalho sobre Si-mesmo. O presente estudo manifesta o entendimento de que é preciso considerar o Ensino de Filosofia no Novo Ensino Médio como elemento fundante para a construção do projeto de vida. Essa afirmação está pautada no que direciona a competência geral número 8 da BNCC e (...) seus desdobramentos no Documento Referencial Curricular da Bahia. Pautado do método bibliográfico,este artigo apresenta como resultado a valorização da prática pedagógica inserida no componente curricular da licenciatura em filosofia, como elemento potencializador do fazer docente do professor de filosofia no ensino médio, oferecendo-lhe substratosfilosóficos para lidar com o projeto de vida. Frente a essa empreitada do projeto de vida relacionado com o ensino de filosofia está, além de uma concepção puramente teórica, uma discussão pautada no campo prático-existencial. (shrink)

Desde a aprovação da Lei nº 11.684, de 02 de junho de 2008, as questões sobre o Ensino da Filosofia tem tomado amplamente diversos âmbitos teóricos. De um lado tem-se a abordagem de autores que defendem o ensino de filosofia numa perspectiva filosófica e não pedagógica. O que se quer dizer aqui, é que o Ensino de Filosofia no Ensino Médio em sua essência não é intelectualmente inferior à docência universitária, já que ambos possuem suas técnicas e aportes teóricos específicos. (...) Há de fato, uma diferença entre as duas carreiras docentes, e não é em essência, mas em condições de trabalho, uma para as a realização pessoal e profissional e outra que não oferece a mesma possibilidade. Nesse sentido, desenvolver um ensino de filosofia eficaz, pressupõe não só a utilização dos textos clássicos dos filósofos que fizeram e promoveram a perpetuação da filosofia como apenas mais uma disciplina do currículo, mas como um distintivo que possibilite o desenvolvimento da criticidade dos alunos do Ensino Médio por meio de um tratamento contextualizado do programa da disciplina. Finalmente, ao contrário do que defendem muitos críticos do ensino da Filosofia no Ensino Médio, a presença da filosofia associada aos textos filosóficos em conexão com os demais componentes curriculares numa prática interdisciplinar, está longe de levar os adolescentes a uma eventual adesão a propostas ideológicas, de doutrinação e possível adesão ao dogmatismo, ela é condição primordial para que se revistam de uma postura crítica frente aos dogmas que impregnam não só o senso comum da contemporaneidade, mas também os dogmatismos que perpassam até mesmo o discurso científico. (shrink)

O presente artigo tem por objetivo caracterizar as duas fases do pensamento bachelardiano intituladas diurna e noturna e o modo como determinadas noções que permeiam as duas etapas da filosofia do autor configuram uma comunicação recíproca entre elas, fazendo com que haja uma troca assídua de valores entre ambas as vertentes. Deste modo, tentar-se-á demonstrar o quanto o fluxo de uma fase a outra de seu pensamento denota um sentido de completude ao invés de desconexão, negação ou mesmo oposição. Conceitos (...) como descontinuidade, imagem e tempo orientarão nosso esforço em evidenciar tal complementariedade e aproximação entre as duas fases de pensamento de Gaston Bachelard. (shrink)

Our objective will be to argue in favor of the idea that in Nietzsche there is no genealogical method, stricto sensu, with universalist and systemic-substantivist epistemic claims (traditionally conceived by justificationist and foundationalist philosophies from Plato to Hegel). However, there is a characteristic genealogical program, which opposes the majority genealogies and philosophies insofar as a self-suppression of the method is imposed as the primary and heterodox register of its reflection. We start from the hypothesis that Nietzsche’s genealogy, understood programmatically, became (...) viable because it was markedly structured on the basis of three reflexive movements that free his genealogical thinking from an analytical-methodological conduct, like the canon, which are: (i) variation of style in his writing; (ii) critical historicism or radical and (iii) discontinuity of origin. However, it would be pointless to show how clearly the Nietzschean genealogical program was outlined if we couldn’t say where it came from, for whom and for what purpose, or even more so, what it is intended to denounce. Therefore, in our conclusion, we will show, with some reservation, how the Nietzschean genealogical program lends itself to evaluating the dimension of power. (shrink)

O presente texto é a tradução para o português brasileiro do artigo “Algorithmic Catastrophe — The Revenge of Contingency”, do filósofo chinês Yuk Hui (2015), professor na City University of Hong Kong, criador dos conceitos de “tecnodiversidade” e “cosmotécnica” e autor de livros como The Question Concerning Technology in China (2016) e Recursivity and Contingency (2019). O presente artigo, cedido generosamente pelo autor para tradução sob licença CC BY-NC-ND 4.0, originalmente fazia parte de uma edição especial da revista Parrhesia dedicada (...) ao filósofo francês Bernard Stiegler (in memoriam), antigo orientador de doutorado do autor e uma das peças centrais na composição deste texto. (shrink)

Starting with the characterization of Baruch Spinoza’s work as a “theory of expression” and with the influence that Gilles Deleuze’s philosophy has on multinaturalist perspectivism, this article speculates on the possibility of a theory of expression for multinaturalism. First, one proceeds to raise some Deleuzian considerations on Spinozist ontology to articulate the influence Deleuze has on the manner in which multinaturalist anthropology dialogues with indigenous mythologies and cosmologies. At last, with the help of some descriptions of Yanomami cosmology, as articulated (...) by Davi Kopenawa and Bruce Albert in The Falling Sky and of provocations raised by authors such as Jean-Christophe Goddard and Fabián Ludueña, this article will investigate the problems of dreams, images and specters a possible way to elaborate a multinaturalist theory of expression. (shrink)

Este artigo problematiza o antropocentrismo na “esferologia” de Peter Sloterdijk, com sua narrativa da antropogênese como construção imunológica da “casa do ser”, na qual o humano, rompendo a “jaula” animal, constrói esferas, ilhas imunológicas de coexistência humana. O mito de Orfeu simboliza para Sloterdijk a imunologia: ao perder a amada, Orfeu reconstrói imunologicamente o complemento, neutralizando o espectro ausente como linguagem. Propomos um experimento filosófico, o “Anti-Orfeu”, no qual o perspectivismo cosmológico de Viveiros de Castro e Tânia Stolze Lima, pensado (...) de um ponto de vista topológico, serviria de contraponto para pôr em perspectiva a imunologia, apontando para a variação da diferença entre dentro e fora e para a “antropofagia”, como outra distribuição topológica que permite outra relação com a alteridade que não a imunologia. Com isso, apontamos para uma “esferologia do ponto de vista do inimigo”, da alteridade, permitindo modular a esferologia, evidenciando-a como diagnóstico da “autoimunidade” de esferas imunológicas. (shrink)

Este artigo tem o objetivo de articular a crítica feita por Peter Sloterdijk em Esferas I, de 1998, à insuficiência da tematização do problema da espacialidade em Ser e tempo, obra de Martin Heidegger publicada em 1927, explicitando a solução que Sloterdijk oferece ao recuperar aquilo que, para ele, estava prenhe na obra heideggeriana, isto é, o desenvolvimento apropriado da questão da espacialidade. Nos reportamos primeiramente aos parágrafos em que Heidegger disserta sobre a espacialidade em Ser e tempo para servir (...) de base à crítica que Sloterdijk constrói em Esferas I. Em seguida, recuperamos certa influência teórica que Heidegger sofreu do biólogo estoniano Jakob von Uexküll e do teórico da história Wilhelm Dilthey sobre as noções de vida e mundo ambiente, junto à exposição do conceito de vida fática em Ontologia: Hermenêutica da facticidade. Por fim, a partir da relação entre vida e existência, nos voltamos à obra de Sloterdijk para compreender o que está implicado no conceito de “esfera”, via aberta, segundo Sloterdijk, a partir da rearticulação dos problemas da vida e da espacialidade nos escritos de juventude de Heidegger. (shrink)

Friedrich Nietzsche dizia que a transcendência e a negação da vida, próprias do niilismo reativo que caracteriza a autofagia do Ocidente, eram subprodutos do excesso de memória, plasmado em ressentimento e “espírito de vingança”. Por outro lado, o xamã yanomami Davi Kopenawa, liderança indígena e autor, junto ao antropólogo Bruce Albert, do livro _A queda do céu_, responsabiliza o esquecimento dos brancos por sua própria derrocada — derrocada que leva todos os povos não-brancos consigo, em um vertiginoso cataclisma ambiental e (...) pandêmico de dimensões planetárias que Kopenawa e os Yanomami chamam de “queda do céu”. Neste artigo, pretendemos lidar com essa equivocidade perspectiva do olvido, vislumbrando nela uma questão filosófica crucial: como compreender esse duplo cruzamento entre olvido e memória, quando saímos do discurso filosófico ocidental e partimos para o discurso de um pensador yanomami? Haveria em jogo, aqui, uma equivocidade do olvido, no sentido em que o esquecimento é outro, a depender de sua direção? (shrink)

Diante da pandemia do Novo Coronavírus, muitos foram os problemas levantados pela filosofia a partir do modo “imunitário” com o qual a civilização industrial lidou com a crise, e muito tem sido aventado sobre a necessidade de se repensar o sentido da noção de comunidades de apoio e de resistência. Exemplos disso não faltam; dentre os filósofos que abordaram a crise, encontram-se desde Giorgio Agamben a Paul B. Preciado, entre outros. Neste artigo, pretendemos partir da discussão sobre imunologia e paradigma (...) imunitário em Roberto Espósito para nos perguntar de que modo podemos pensar essa demanda por “comunidade” em meio a uma crise imunitária, no sentido biológico e político do termo. Temos por hipótese que, mais do que postular a oposição exclusiva dos termos, levantar a questão pela articulação deles nos abre dois modos possíveis de relação com a alteridade abissal que encontramos no vírus. (shrink)

Motivated by a postulation presented by Eduardo Viveiros de Castro in his preface to Beatriz Azevedo’s book Antropofagia – Palimpsesto Selvagem, the notion of “phagology” aims to make up for the lack of an adequate concept, in the conceptual economy of my doctoral thesis, The Anti-Orpheus: towards an spherology from the point of view of the spectral, to designate and scale different relationship schemes between ontologies and to organize some conceptual pairs branching out from the nuclear relationship “ego–other”, both affected (...) by an intrinsically perspectivist dynamic within themselves and between each other. In this article, considering the possible relevance of the concept for related research, I intend to: (1) present the main components of the concept, organized around the pairs lógos–phágos (modes of relationship with otherness) and logical topology–phagical topology (topological planes); (2) unfold its application in two symmetrically opposed ideal types (“immunology” and “anthropophagy”); and (3) articulate, in the double form of a diagnosis–prognosis, the way in which these ideal types relate to each other, at the intersection between the concept of phagology and Gregory Bateson’s concept of “schismogenesis”, reshaped by authors such as Viveiros de Castro, David Graeber, David Wengrow, Michael Houseman, and Carlo Severi. (shrink)

Neste ensaio, busca-se pensar de que forma a questão do niilismo é enfrentada pelo pensamento de povos indígenas das terras baixas da América do Sul: se interpretarmos o niilismo como perda de parâmetros diante da “morte de Deus”, que sentido o problema do niilismo faz para povos que não estipularam um Deus unitário como fundamento axiológico? Para desdobrar essa questão, fez-se uso da obra Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, bem como de referenciais antropológicos e filosóficos (...) a respeito de temas como niilismo, sacralidade, alegria, natureza, ciência e técnica. O artigo se desenvolve em quatro partes: em I, faz-se uma breve descrição do que Pelbart denominou “travessia do niilismo”; em II, levanta-se o questionamento central deste ensaio, trazendo à tona o conceito de “sobrenatureza” como principal operador ontológico do pensamento ameríndio; em III, examina-se as diferentes relações com a alteridade “natural” entre o pensamento indígena e o pensamento ocidental; e em IV, por fim, compara-se as metáforas das “conchas coloridas”, de Nietzsche, e dos “paraquedas coloridos”, de Ailton Krenak, em um debate sobre niilismo e Antropoceno, momento em que a noção de “riso”, levantada por P. Clastres a partir de mitos chulupi, orienta a reflexão sobre o papel da “gaia ciência” no pensamento indígena. (shrink)

O que significa dizer, como fez o coletivo Indigenous Action em meio à pandemia de covid-19, que “o capitalismo é pandêmico” e que “nós [indígenas] somos os anticorpos”? Quais os vínculos entre crises pandêmicas, o capitalismo em seu estágio globalizado e a emergência climática que ficou conhecida como “Antropoceno”? De que modo esse vínculo é visto por aqueles, como os povos indígenas, que, não obstante à margem do processo, são os mais diretamente afetados por seus efeitos deletérios? Com base nessa (...) provocação e nas diversas articulações feitas por Davi Kopenawa, em diálogo com Bruce Albert, entre mercadoria, epidemia (xawara) e fim do mundo (“queda do céu”), buscamos, neste ensaio, pensar a relação entre capitalismo e catástrofe a partir da noção-chave de “contágio”. Nossa suspeita é de que, com a repetição deliberada do termo “xawara” ao longo de A queda do céu, Kopenawa não está apenas utilizando um termo técnico para doenças epidêmicas em geral, mas caracterizando conceitualmente o tipo de relação “imunológica” que os brancos (napë pë), “povo da mercadoria”, estabelecem com a alteridade em geral. (shrink)

El presente texto tiene por objetivo cuestionar el modo habitual en el que se enseña la ética, y apoyar el uso de las narraciones como una herramienta pedagógica importante en la formación moral. Dado que la ética busca menos la adquisición de unos conocimientos y más una disposición a la acción, bien pudiera servirse de formatos narrativos para desarrollar la sensibilidad debida para la construcción de ciudadanos reflexivos, críticos y empáticos. Al fin y al cabo, la naturaleza antropológica de los (...) seres humanos es ya de hecho narrativa, y toda forma de vida buena reclama, en últimas, la posibilidad de ser contada. La práctica de relatar se constituye como una defensa por la búsqueda y construcción de sentido, en medio de una sociedad en donde la celeridad y la información fragmentada parecieran marcar la única posibilidad de constitución del sí mismo. (shrink)

Resumo: Martin Heidegger desenvolveu uma análise da metafísica e da tecnologia que questionava radicalmente seus pressupostos ontológicos. Contudo, para Peter Sloterdijk, autor de uma revisão do motivo da clareira heideggeriana intitulada Domesticação do ser: clarificando a clareira, Heidegger padece daquilo mesmo que ele critica: uma pendência para a ontologia clássica que, desde pelo menos Platão e Aristóteles, separa o ser e o nada, basila o princípio de bivalência na lógica, excluindo qualquer terceira possibilidade, e permite os dualismos constitutivos da metafísica. (...) Seguindo o antropólogo Bruno Latour, o qual evidenciara que “modernidade” não é senão uma crença na cisão entre os polos de forma e matéria, sujeito e objeto, natureza e cultura, também Sloterdijk vai atribuir a Heidegger a pendência à ontologia clássica, elevada ao nível da cisão entre o ôntico e o ontológico. Diante disso, o que sugere Sloterdijk? Uma alternativa à ontologia clássica na cibernética de Wiener e Günther, reatando os laços, desfeitos por Heidegger, entre ontologia e antropologia. Este trabalho tem por intenção articular a crítica de Sloterdijk, a investigação de Latour e a revisão ontológicológica de Günther, a fim de assentar bases para compreensão do projeto sloterdijkiano de se pensar a antropologia a partir de pressupostos cibernéticos.: Martin Heidegger developed an analysis of metaphysics and technology that questioned its ontological presupositions. However, Peter Sloterdijk, author of a revision of the Heideggerian clearing, under the title of Domestication of being: clarifying the clearing, argues that Heidegger suffers from the same illness he criticizes: an abeyance relative to classical ontology, which, after Plato and Aristotle, separated Being and Nothingness, grounded the logical bivalence, excluding any third possibility, and allowing for the metaphysical dualisms. Following the anthropologist Bruno Latour, who has showed that “Modernity” is a belief in the split between the poles of form and matter, of subject and object, of nature and culture, Sloterdijk also assigns to Heidegger the dependence on classical ontology on the level of the split between ontological and ontic. In this respect, what does Sloterdijk suggest? An alternative to classical ontology in the cybernetics of Wiener and Günther, in order to reattach the links broken by Heidegger between ontology and anthropology. This work aims to articulate Sloterdijk’s critique, Latour’s enquiry and Günther’s ontological-logical revision, in order to open field for an understanding on the Sloterdijkian project of thinking anthropology from cybernetical hypotheses. (shrink)

Com passar do século XX, o conceito de humanismo perdeu forças em virtude das diversas calamidades que evidenciaram seus paradoxos. Diante disso, um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial, Martin Heidegger respondeu uma carta do teórico Jean Beaufret a respeito da necessidade de se manter ou não o termo “humanismo”. Em 1999, Peter Sloterdijk pronunciou uma conferência que consistia em uma resposta à carta de Heidegger sobre o humanismo. Ambos se amparam nos paradoxos que subjazem o conceito, mas (...) suas teses tem implicações diversas. Considerando tal divergência, este artigo tem por objetivo articular as duas respostas, inserindo-as em seus contextos e evidenciando em que pontos elas se confrontam e quais posturas elas implicam. Para isso, nos é necessário primeiro a colocação do texto de Heidegger em seu contexto e, posteriormente, a abordagem da conferência de Sloterdijk, parte em que se evidenciará o aporte crítico desse último frente a algumas das principais teses heideggerianas, como a recusa à noção de pastoreio e a necessidade de se abordar o problema ontológico do humano a partir da perspectiva antropológica da domesticação do homem pelo homem. (shrink)

RESUMO Este artigo busca levantar algumas questões a respeito da proposta do filósofo alemão Peter Sloterdijk ao Antropoceno, termo em debate que define a época na qual o ser humano se configurou como um agente de transformação geológica e climática. O debate faz-se pertinente por conta da proximidade de Sloterdijk com nomes como Bruno Latour e Yuk Hui, autores que, de forma central ou tangencial, se debruçam sobre este problema. Neste artigo, começaremos trazendo alguns dos principais conceitos sloterdijkianos de sua (...) obra recente para, em seguida, analisar suas propostas de ‘paradigma homeotécnico’ e de ‘coimunismo’, levantando, ao fim, questões pertinentes às propostas mencionadas. ABSTRACT This paper aims to raise some questions concerning the German philosopher Peter Sloterdijk’s propositions regarding Anthropocene, a debatable term that serves to define the epoch in which human being made itself an agent of geological and climatic transformation. This debate is important because of Sloterdijk’s closeness with names such as Bruno Latour and Yuk Hui, authors that, in a more or less central manner, engage with such a problem. Here, firstly we will gather some of the main concepts of Sloterdijk’s recent work in order to analyze the ‘homeotechnological paradigm’ and the ‘co-immunism’ propositions, raising, at last, some relevant questions to the aforementioned propositions. (shrink)

En los estudios actuales sobre producción de conocimiento científico predomina la tendencia a analizar la producción de conocimiento científico por medio de su estructura relacional, dejando en un segundo plano el análisis de las capacidades de los científicos que inciden en los procesos de investigación. En este trabajo queremos argumentar en favor de una dirección diferente. Concretamente, defendemos que los científicos y sus capacidades -operativamente comprendidas- son una condición indispensable para la producción de conocimiento. Para defender esta posición, en primer (...) lugar, expondremos dos teorías representativas de esta tendencia para posteriormente mostrar sus limitaciones a la hora de analizar las relaciones y entramados que posibilitan producir conocimiento y examinan el resultado de esas relaciones, pero son incapaces de explicar cuál es rol que desempeñan los científicos y sus capacidades dentro del mismo. Dada esta situación, en segundo lugar, proponemos una caracterización operativa de los científicos y sus capacidades en la producción de conocimiento científico. Esta caracterización la desarrollaremos tomando como base la teoría de los sistemas experimentales de Rheinberger. A partir de ella, propondremos una interpretación propia de unas indicaciones hechas por Rheinberger sobre las capacidades científicas y su relación concreta con los sistemas experimentales. Esta interpretación destaca cómo las operaciones y conocimientos no temáticos inciden en el reconocimiento de anomalías y posibilitan intervenciones concretas en el sistema experimental, permitiendo de esta manera la producción de conocimiento. (shrink)

ResumenEl enfoque posracionalista surge desde la crítica constructivista a la forma en que el cognitivismo tradicional conceptualiza la relación entre sujeto y realidad. Tomando como principal unidad de análisis el estudio de la identidad personal como fenómeno bio-psicológico, el modelo de Vittorio Guidano se ha convertido en la formulación más popular de este enfoque. Lamentablemente, la abrupta partida de su fundador parece haber dejado una serie de cuestiones conceptuales abiertas a la base del modelo. El presente artículo identifica los aspectos (...) fundamentales de la epistemología posracionalista de Guidano y luego de explorar su obra tardía, propone que es posible identificar dos momentos fundamentales en el enfoque: (i) Un primer momento (que denominamos Guidano 1 y que concentra la mayoría de la literatura en el tema) que es la expresión de una marcada influencia constructivista que implica la idea de que el principio organizador del funcionamiento de los sistemas humanos es la sobrevivencia. (ii) Un segundo momento (que llamamos Guidano 2 y que no ha sido exhaustivamente explorado en la literatura actual) que puede ser identificado como el producto de un giro hacia la filosofía fenomenológico-existencial. Acá, la identidad de un organismo no solo está orientada a la sobrevivencia, sino que, sobre todo, al sentido de la existencia misma. Se concluye clarificando el tipo de fenomenología que guiaría la práctica clínica de Guidano 2.Palabras clave: cognitivismo; constructivismo; fenomenología; posracionalismo. (shrink)

É inegável a influência que a obra de Nietzsche exerceu na filosofia de Deleuze. Inaugurando, de certo modo, um novo estilo de pensamento na cultura do Ocidente, Nietzsche conferiu novas interpretações a certos conceitos filosóficos considerados imutáveis e eternos, como os conceitos de verdade, de essência e de força. Utilizando-se da tipologia de forças nietzschianas, Deleuze nos mostra como o saber do Ocidente se funda em um pensamento que o filósofo francês denominará de representacional, em oposição a um pensamento da (...) diferença, elucidando como estas duas formas de conhecer se correlacionam a tipos distintos de forças. Assim, o conceito de força cunhado por Nietzsche permitirá a Deleuze não somente traçar uma crítica ao saber ocidental - predominantemente representacional -, como também desenvolver sua própria filosofia da diferença, profundamente influenciada pela crítica e pelo perspectivismo nietzschianos. The influence of Nietzsche’s work in Deleuze’s philosophy is undeniable. Starting a new style of thinking in the western culture, Nietzsche gave new interpretations to certain philosophical concepts considered immutable and eternal, like the concepts of truth, essence and force. Using Nietzsche’s typology of forces, Deleuze shows us how the western knowledge is constituted by a thought the French philosopher calls representational, as opposed to a thought of difference, elucidating how these two ways of knowledge relate to different types of forces. Therefore, the concept of force, created by Nietzsche, allows Deleuze to draw a criticism on western knowledge and also to develop his own philosophy of the difference, deeply influenced by the critic and perspectivism of Nietzsche’s philosophy. (shrink)

RESUMEN El carácter analítico de Meditationes implica que, por una parte, ninguna verdad puede ser interpretada sin referencia al lugar concreto que ocupa en el orden de razones y, por otra, que no existen en Meditationes ficciones que permanezcan inadvertidamente como tales. Sin embargo, la presencia de algunas pasiones no ha sido justificada, lo que pone en cuestión el carácter analítico de la obra. Proponemos que tales pasiones son efecto de juicios implícitos. Para poner a prueba nuestra hipótesis, hemos elegido (...) un enigmático párrafo que hemos denominado el "texto de la adoración." ABSTRACT The analytical character of Meditationes de Prima Philosophia implies that: a) no truth can be correctly interpreted without reference to the concrete place it occupies in the order of reasons of the text ; b) there are no fictions in Meditationes that remain inadvertently as such. However, the presence of some passions has not been adequately explained, putting into question the truly analytical character of the work. We propose that these passions are effects of true but implicit judgments. To test our hypothesis, we have chosen an enigmatic paragraph called the "text of the adoration.". (shrink)

Há de fato, uma diferença entre as duas carreiras docentes, e não é em essência, mas em condições de trabalho, uma para as a realização pessoal e profissional e outra que não oferece a mesma possibilidade. Nesse sentido, desenvolver um ensino de filosofia eficaz, pressupõe não só a utilização dos textos clássicos dos filósofos que fizeram e promoveram a perpetuação da filosofia como apenas mais uma disciplina do currículo, mas como um distintivo que possibilite o desenvolvimento da criticidade dos alunos (...) do Ensino Médio por meio de um tratamento contextualizado do programa da disciplina. Finalmente, ao contrário do que defendem muitos críticos do ensino da Filosofia no Ensino Médio, a presença da filosofia associada aos textos filosóficos em conexão com os demais componentes curriculares numa prática interdisciplinar, está longe de levar os adolescentes a uma eventual adesão a propostas ideológicas, de doutrinação e possível adesão ao dogmatismo, ela é condição primordial para que se revistam de uma postura crítica frente aos dogmas que impregnam não só o senso comum da contemporaneidade, mas também os dogmatismos que perpassam até mesmo o discurso científico. (shrink)

La enajenación y el fetichismo mercantil son dos categorías determinantes de las formaciones sociales antagónicas que permiten explicar la convergencia de los sujetos mediante abstracciones. Así el vínculo social y práctico de los hombres que reviste la forma de una relación inmediata, en el que se destaca la enajenación del pensar del sujeto por él mismo, se desvanece en tanto se consideren las premisas materiales de la historia como producción social. Se propone entonces enfatizar la relación entre enajenación y fetichismo, (...) y además como una diferenciación orgánica de una totalidad articulada de determinaciones, desde la cual se comprende el nexo de la abstracción con la historia, sin perder de vista que la producción social es el fundamento de la relación social. (shrink)

Este artigo objetiva apresentar os Conselhos de Políticas Públicas como instrumentos de aproximação da sociedade civil com o Estado. Busca-se debater se referidos institutos estão cumprindo de fato com sua função de efetivar o Estado Democrático de Direito. Para tanto, utilizou-se o método analítico-dedutivo, com enfoque em pesquisas bibliográficas e legislativas. Os conselhos, por serem instâncias formais na esfera pública, proporcionam a manifestação democrática por meio da participação ativa da sociedade no exercício de sua cidadania, conquanto seja necessária uma reconfiguração (...) da própria cultura participativa. (shrink)

Kant's Logic of the Pathological: Aesthetics and Politics.

A relevância de dialogar um estudo teórico internacional dos EUA com o estudo empírico nacional do Brasil sobre as análises conceituais, pesquisas futuras e estratégias inclusivas aos grupos com distintos marcadores sociais das diferenças com suas relações étnico-raciais, interseccionais e de deficiências. Foram discutidos durante o período das aulas presenciais através de uma disciplina eletiva da pós-graduação stricto sensu em educação na Universidade Estadual de Santa Catarina (UDESC) ministrada por duas Professoras Doutoras Geisa Bock e Raquel Fröhlich. Realizou-se as discussões (...) com esperança de que é possível realizar pesquisas futuras quando obtém o olhar minucioso sobre as necessidades especiais dos grupos vulneráreis para progresso educacional. O artigo incentiva as conscientizações dos pesquisadores e profissionais da educação com as notas críticas internacionais e as inspirações de práticas colaborativas em suas pesquisas futuras, contribuindo para a constância do debate em face dos propósitos de equidade social perante os princípios da Educação Inclusiva. (shrink)

O artigo examina a concepção spinozista de liberdade. Ele mostra que ela é inseparável das noções de realidade e perfeição. Primeiro, o artigo examina a concepção de essência que a obra de Spinoza propõe. Em seguida, ele mostra o sentido que Spinoza atribui à noção de perfeição e seu vínculo interno com a noção de realidade. Na conclusão, mostra como a liberdade humana é expressão da plenitude da realidade e perfeição do indivíduo.

Esse artigo mostra o significado da unicidade da ética e da estética no Tractatus Logico-Philosophicus. Primeiro, ele apresenta os principais aspectos ética tractatiana: que ela não hierarquiza fatos, que ela é eudemonista, e que ela não propõe qualquer finalidade externa às ações do sujeito ético. Segundo, ele mostra que a obra de arte é a expressão da vida de um ponto de vista ético, ou seja, ela é a expressão do significado da vida de um ponto de vista da eternidade. (...) Concluindo, ele mostra que essa concepção propõe uma delimitação absoluta que separa o que é arte e que não é arte. (shrink)

Amid a period of isolation and profound internal conflict, both in his life and in his thought, arises that which, according to Hölderlin, is “the general conflict in the human being”, namely the conflict between the “aspiration to limitation” and “the aspiration to the absolute”. The aim of this article is to analyze and, as much as possible, follow to its fullest extent, this fundamental thought: to see how it molds Hölderlin’s positions on existence and philosophy, how it meets the (...) most poignant philosophical concerns of the time and hence directly influences Hölderlin’s reading of Fichte, and how it leads the young poet to the notion of an infinite progression of philosophy, that is, to an infinite approximation to the ideal of knowledge. (shrink)

The present article seeks to inquire the nature of Novalis’ difficult relation with philosophy. By founding this relation in a primordial spiritual conflict, wherein philosophy is the cause and the solution for the latter, as well as in an inescapable mythical understanding, wherein philosophy is at the same time necessary, and yet necessarily expendable, we intend to prove Novalis’ own seemingly contradictory, yet infinitely productive concept of philosophizing: one where philosophizing is a ductile, organic way of dealing with the problem (...) between the human being and the absolute. Furthermore, we wish to prove how this is most visibly considered in the sub-problem of the origin of philosophy, which sets the tone for Novalis’ remaining philosophical edifice and inscribes him as one of the leading opposers of a systematic philosophy – and hence, as an advocator of the impossibility of attaining the absolute through philosophy. (shrink)

RESUMO O presente ensaio aborda o período anterior às obras tidas como as diferentes reescrições da Doutrina da Ciência, de J. G. Fichte, e aí tenta não só perceber a origem da necessidade de um princípio da identidade, como ela surge aquando das primeiras ocorrências do mesmo, mas também discernir os primeiros passos de todo o problema da possibilidade de um princípio absoluto de toda a filosofia, que sempre animaria a empresa. O foco em questão é a «Aenesidemus-Rezension», onde Fichte (...) junta a sua voz ao aceso diálogo já anteriormente entabulado por K. L. Reinhold e G. E. Schulze, e, na necessidade de repensar o princípio da consciência do primeiro, e as críticas a este feitas pelo segundo, é trazido à convicção da necessidade de um novo princípio absoluto; mas onde, e é este o fulcro do presente ensaio, Fichte percebe a insuficiência filososófica do sistema reinholdiano como uma insuficiência de linguagem, e portanto todo o problema como um problema que depende intimamente de uma apoditicidade linguística, e daí parte para a proposta de uma nova terminologia nacional, uma linguagem filosófica sistematicamente certa e inequívoca, à altura de um sistema filosófico regido por um princípio absoluto – um problema que viria a ocupar as cogitações de toda a geração de jovens pensadores em torno do professor de Jena. ABSTRACT This essay approaches the period prior to the works considered as the different versions of the Doctrine of Science, by J. G. Fichte, and aims not only at discerning the origin of the need for a principle of identity, but also at retracing the first steps of the whole problem of the possibility of an absolute principle of all philosophy. The focus shall be the «Aenesidemus-Rezension», where Fichte joins his voice to the heated argument previously struck by K. L. Reinhold and G. E. Schulze, and, urged to rethink Reinhold's principle of consciousness and the criticism raised by Schulze, is brought to believe the necessity for a new absolute principle; but where, and this is the fundamental idea of this essay, Fichte realizes the philosophical insufficiency of Reinhold's system as a language-related insufficiency, and therefore the whole problem as one intimately dependent on a linguistic apodicticity, and moves on to propose a new national terminology, a systematically certain and unequivocal philosophical language, which might meet the demands of a philosophical system ruled by an absolute principle – a problem which would soon be in the agenda of a whole generation of young idealists around the Professor of Jena. (shrink)

The topic of the ideal, that is, the topic of the possible or impossible human attainment of the absolute is ascribed divergent treatments throughout Kant’s work. Namely, it is either promptly accepted as possible by the critical Kant, and seen as something attainable by a means other than an infinite approximation (which would indeed imply a violation of autonomy, but denies the genuineness of the ideal), or it is rejected as impossible by the non-critical Kant, that is, it is seen (...) as something attainable only through an infinite approximation (which would involve an unconditional acceptance of heteronomy, but safeguards the authenticity of an aspiration to the ideal). Yet, the topic of the ideal receives a new, if not conciliatory, at least mutually explanatory approach in Kant’s Anthropology. Here – such is our proposition – Kant proposes a terminus medius between both conceptions of ideal, insofar as he is led to ponder on the mutual benefits of an autonomic possibility and an heteronomic impossibility of an infinite progression in thought; something which Kant proposes under the form of an almost-infinite, or an almost perennial, yet finite duration, to be endured until the attainment of an almost unreachable, yet indeed reachable practical ideal. A terminus medius which, we hope to prove, is none other than that at the root of Kant’s proposition of Pragmatic Anthropology as a mediating science in Kant’s fundamental scheme of human knowledges, and which therefore may be ultimately seen as the embodiment of Kant’s anthropo-cosmological, or indeed cosmopolitical dimension of thought, as expressed in Kant’s political and/or historical writings. (shrink)

Resumo: O presente ensaio visa debruçar-se sobre o conjunto de anotações coligidas por Immanuel Kant, tendo em vista a arguição da dissertação do seu colega J. G. Kreutzfeld. Mais concretamente, pretende-se analisar a visão kantiana do tópico da ilusão poética, e o vínculo que esta forja entre as inferiores e as superiores faculdades do ânimo, a sensibilidade e o entendimento. Almeja-se ainda demonstrar como, para Kant, o engano apenas suscita o fastídio do espírito e, portanto, nenhum conhecimento ou prazer, ao (...) passo que a ilusão poética promove a ficcionação dos dados da sensibilidade e respectiva promoção da tarefa do entendimento na apreciação destes, e concluir como isso mesmo é para o filósofo um jogo que a ilusão enceta com o espírito, e do qual este extrai não só prazer, como também o avanço no seu conhecimento de si e do mundo. Por fim, esse mesmo jogo será apresentado por Kant como o sustentáculo principal para uma muito singular, mas sobretudo muito profícua cooperação entre poesia e filosofia.: The following essay discusses Immanuel Kant’s “Entwurf zu einer Opponenten-Rede”, which treats of his colleague J. G. Kreutzfeld’s dissertation. More specifically, my aim is to analyze Kant’s view of poetical illusion, and the bond it forges between the inferior and the superior faculties of the spirit, that is, the sensibility and the understanding. I also aim at demonstrating how, for Kant, deceit only arouses aversion, and therefore no knowledge or pleasure whatsoever; poetical illusion, on the other hand, promotes the fictionalization of the data of sensibility and enhances the role of the understanding in judging them. For Kant this is a game which the illusion plays with the spirit, and from whence the latter derives not only pleasure but also an advancement in its cognition of itself and the world. Finally, this very game is presented by Kant as the main foundation of a very singular, but above all very fertile, cooperation between poetry and philosophy. (shrink)

O presente texto, de que se dá em seguida a tradução portuguesa, consiste numa selecção da correspondência entre F. W. J Schelling, J. C. F. Hölderlin e G. W. F. Hegel, três colegas e amigos do Stift de Tübingen, três vértices de uma das mais interessantes e importantes unidades teóricas do idealismo alemão e, por conseguinte, três elementos cujos anos de aprendizagem filosófica se revelam hoje essenciais para a boa compreensão da génese da sua época.

The present essay is devoted to analyzing Reinhold’s contribution to one of the most relevant questions in German idealism, namely, the possibility of an absolute principle of all philosophy, as a task left open by Kant’s critical enterprise. The main aim is to assess the extent to which Reinhold is the first to propose this philosophical problem as a question of language, and in doing so the possibility of an absolutely apodictic philosophical language, as it would be later resumed and (...) developed by Fichte and other authors. Keywords: Reinhold, language, philosophy, principle, consciousness. (shrink)